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John James

Um dos mais dramáticos e bem documentados incidentes envolvendo um pastor batista do sétimo dia foi o martírio de John James, em 1661. Um livro do museu britânico, impresso em 1661, apresenta a titulo "O pronunciamento verdadeiro e perfeito de John James, um batista, do partido da 5ª Monarquia".
 
O autor deste livro fornece um relato detalhado do julgamento e da execução de John James, descrevendo o medo que o Rei Carlos II, e todas as autoridades tinham de movimentos religiosos considerados subversivos. Por um lado se entende o fato, pois foi uma revolução motivada por princípios religiosos que levara a execução do rei Carlos I. O livro se referia aos chamados "homens da 5ª Monarquia, cujos princípios de monarquia são perniciosos e perigosos", e como um deles, John James, "um pretenso pregador desta sociedade, um tecelão de seda, por profissão", foi preso na capela branca, num dia de sábado, 19 de outubro de 1661. Ele foi acusado de pregar sobre o Salmo 8:2 "do qual ele extraiu muitas doutrinas que incentivavam a sedição e rebeliões".
 
No início do ano em foco, em janeiro, Thomas Venner e seus seguidores no movimento da quinta monarquia tentaram, sem sucesso, derrubar a governo vigente e implantar pela força o reino de Cristo. Isto deu à corte um pretexto para suspender a declaração de indulgências, inicialmente prometidas pela monarquia restaurada. Ele foi examinado, condenado e executado. Seu corpo foi esquartejado e as partes expostas em lugares estratégicos na cidade, como advertência a outros.
 
No entanto nada do que constava contra ele, desde as primeiras acusações, até a acusação final que levou a sentença, incluía a fato de ser um guardador do sábado ou um não conformado com a igreja oficial.
 
O tato de ele pregar no sábado pode ter atraído a atenção para a sua pregação par parte daqueles que o denunciaram às autoridades. Em seu pronunciamento final sob a forca ele defendeu a sua lealdade à pátria, mas não deixou dúvidas que sua lealdade suprema era para com Deus. Falando de suas crenças, ele reconheceu que era um crente batizado, que aceitara os princípios de Heb. 6: 1-2 : "tais doutrinas como a fé em Deus, arrependimento de obras mortas, batismo, imposição de mãos, a ressurreição dos mortos e o juízo final" terminando com a afirmação de que reconheço os dez mandamentos de Deus, como expressos em Êxodo: 20", e não ousaria voluntariamente quebrar o menor destes para salvar a sua vida. Ele também declarou, "Eu também confesso o sábado santo do Senhor, o sétimo dia da semana, como sendo o sábado do Senhor".
 
John James não foi martirizado por suas convicções sobre o sábado. Entretanto, sua disposição de permanecer firme e de perdoar os que o perseguiam, são características que viriam a ser encontradas em muitos outras que usavam a nome de batistas do sétimo dia.